quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Eu não tenho muitas respostas

(...) o que eu tenho é fé. E uma vontade bonita, toda minha, de crescer.
(Autor Desconhecido)
(...) eu sou uma interrogação perambulando pelo mundo, sem saber onde ir, sem saber onde chegar. Sou a pergunta que não tem resposta, o caminho sem volta. Sou o texto escrito pelo destino à caneta. Talvez seja amor, mas aquele surrado e mal falado. Na maioria do tempo sou despedida, mas juro, sempre quis ser chegada. Se fosse pra ser estação, seria florida e agradável como a primavera, mas sou intensa como o inverno. Das levezas do amor eu poderia ser todas, mas teimo em ser as profundezas da impossibilidade. Sempre quero aquilo que minha mão não pode alcançar. Queria ser leve como virginianos, mas nasci libriana: indecisa e teimosa. Poderia ser uma bela superstar, cantora ou atriz quem sabe? Mas sempre sonhei em curar: de alma e de coração. Não escolhi a medicina, a medicina me escolheu. Amaria ser fantasia, mas meu lado responsável só deixa eu ser realidade. Queria ter mais qualidades, mas acho que só sou feita de delicadeza, justiça, amizade e bondade, o que posso fazer?

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Qual a sua decisão?




Você tem duas opções. Você pode continuar correndo e se escondendo e culpando o mundo por seus problemas, ou você pode se levantar por si mesmo e decidir ser alguém importante.

sábado, 24 de setembro de 2011

Definindo-me

" Escrever é procurar entender,
é procurar reproduzir o irreproduzível,
é sentir até o último fim o sentimento que
permaneceria apenas vago e sufocador.
Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada."
(Clarice Lispector)
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Sabe o que eu mais gosto na escrita?
É a possibilidade de me descobrir sempre que penso que não há mais nada para escrever.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Difícil dizer adeus sabendo que o coração soluça dentro da gente.


A noite parecia ter sido a mais incrível de todas, despertando, passou a mão pela cama e não a encontrou. Sabia que Valentina tinha ido embora, mas ainda sim levantou-se e procurou, só achou uma carta, em cima da mesa, com o lenço que ela usava quando chegou ao seu apartamento às 3 horas da manhã:

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   Para o meu eternamente P.,    
         Ás vezes, querido, a gente tem que partir em busca de novos caminhos, novas trilhas. 
        Sinto muito, e quando digo isso, é porque dentro desse pequenino coração existem muitos sentimentos despertados por você e para você. Estou partindo! Hoje pela manhã, vi amanhecer com a chuva caindo pela janela, você dormia de um sono gostoso e confortante, te olhei por horas enquanto o cheirinho de chuva incentiva seu quarto. Percebi que nossos caminhos são muitos diferentes, que nossos objetivos diferem um do outro. 
        É hora de partir em busca daquilo que perdi há algum tempo, é hora de partir e deixar você ir atrás daquilo que você perdeu há muito tempo por ter cruzado meu caminho.    
        Não estou partindo porque te amo menos do que antes. Pelo contrário, te amo ainda mais. Porém é muito sentimento aqui dentro e não quero te sufocar. Quando amamos uma pessoa, dessa forma que eu te amo, só queremos a ela total felicidade.Só queremos que ela encontre um caminho, ainda que esse não seja o mesmo que o seu. A minha decisão não se faz fácil, mas se faz necessária. Um dia você irá entender, eu espero.  
        Escutarei nossas músicas preferidas quando a saudade apertar, porque você sempre está nelas. Vou ler, reler, treler as 365 cartas de amor que você me escreveu quando fizemos um ano de amor. Não lavarei a fronha do meu travesseiro porque ainda tem seu cheiro. E quando te necessitar, ligarei para sua casa afim de escutar sua voz na secretária eletrônica.
     Lembre-se disso: não tenha medo de amar de novo. Ainda há muito o que ser escrito em sua história, não estrague o livro por causa do único capítulo na qual faço parte, ainda virão muitos outros. Outros mais felizes, eu te prometo. 
        Eu  tenho que partir, e deixá-lo encontrar seu caminho. Guarde o melhor de mim. Saiba, eu te amo muito. 
       Adeus olhos castanhos que sempre posaram em mim de forma delicada, me dizendo lindas palavras só com o olhas. Adeus meu amor.
        Da sua,
V.




(...) é triste saber que falta alguma coisa
e saber que não dá pra comprar, substituir, esquecer, implorar.
Mas amor, você sabe, amor não se pede.
(Tati Bernardi)

Quem não viu a primeira postagem sobre Pedro e Valentina, aqui.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Qual seu lar?

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"E pela primeira vez desde que cheguei em casa, estou completamente feliz. É estranho. Casa. Como eu pude querer estar aqui por tanto tempo, só para perceber que ela se foi. Estar aqui, tecnicamente minha casa, e descobrir que minha casa agora é em outro lugar? É possível que lar seja uma pessoa e não um lugar? Bridge costumava ser meu lar. Talvez St. Clair seja meu novo lar."
Anna e o beijo francês, de Stephanie Perkins.
Editora Novo Conceito, 288 páginas, 2011.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Quem, além de você?

" Deixa eu te proteger do mal, dos medos e da chuva." (Chico Buarque)
Você me falou que acreditava no amor porque era a unica coisa ousada e original que restou no mundo. Foi a partir desse momento que, sem ter nem pra quê, comecei acreditar que o sentimento despertado dentro de mim todas as vezes que eu estava perto de você não era outra coisa, senão amor. E fato, nosso amor é ousado, original e meu, completamente meu. E não adianta falar que sou possessiva e que não tem meu nome em você. Se você não percebeu, meu nome pode não estar exposto para todos ver, mas está em você sim, está marcado no seu coração. Escrito bem assim mesmo: "Sou-completamente-dela" e ela sou eu.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Há 63 anos nascia.

"Nasceu para salvar essas almas perdidas por aí."



Caio Fernando Abreu - 12.09.1948


             O biógrafo das emoções se põe a me traduzir. Eis múltiplo e intenso. É um sobrevivente do tempo, que se eternizou por meio das emoções, que escreveu para ser amado. E fato, ando acompanhada de música, solidão e madrugada - assim como você andou - te amando incondicionalmente pelo que escreveu. Qualquer que seja tua frase, quando a leio, toca lá no fundo de minha alma, num lugar tão fundo e secreto que nem imaginava que existia. Biógrafo das emoções para Lygia Telles, para mim o guia das almas perdidas. Tenho sentimentos inacreditavelmente ternos despertados por você. Deixo-te falar por mim com esse seu jeito tão seu de me cativar. 

Na Playlist - Cazuza - Bete Balanço, tudo que me lembra Caio <3

 (...) acordo com a voz safada de Cazuza repetindo em minha orelha fria: "Quem tem um sonho não dança, meu amor." 



sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Stay with me, forever.

Inevitável.
Você sofre por amor, por aquele que não te merece.
E quando, finalmente, o sofrimento encontra uma maneira de ir embora você fica repetindo na frente do espelho: "e-quem-disse-que-eu-gostava-dele?", "não-era-amor".
Incansavelmente você se convence que tinha que ser assim, e que agora vai se manter alerta. 
Você vai comprar sapatos porque eles são mais previsíveis, e sempre que tiver uma crise existencial irá ao shopping ou beberá um copo de tequila para ficar tudo bem.
Promete ao seu coração que a não vai mais vacilar e que agora vai ficar atenta para não sofrer de novo.


Mas aí, BUM: acontece de novo.
Outra vez fica esperando a ligação, relendo os torpedos mil vezes só para ter o prazer de sorrir de novo. Vai ao shopping escolher a melhor roupa e o melhor sapato, não para se curar de uma crise, é porque agora você tem uma encontro com ele - um alguém que chegou num momento inesperado - , e com certeza está ansiosa pra isso.  
Todas músicas que antes eram melancólicas e falavam de coração quebrado, agora fala sobre você e ele. 
E de novo, e de novo, voltou tudo a acontecer.
Mas, você prometeu ficar alerta, prometeu ao seu coração que não ia esperar mais nada de ninguém, que tinha amadurecimento, que tinha crescido, que tinha mudado. 
O que você não esperava é que quando se trata de amor nunca conseguimos ficar alerta, você sempre estará vulnerável. 
Sempre esperará pelo torpedo da madrugada, torcerá que a rádio toque a música favorita dele e que sábado chegue para que possa assistir os filmes mais bestas da "sessão da tarde" mas, que ficam lindos quando compartilhados com esse alguém tão inesperado. 


quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Brincar de viver.





É fácil morrer. A toda hora, em todos os lugares, a morte está se oferecendo. Mas difícil é continuar vivendo. Eu continuo. Não sei se gosto, mas tenho uma curiosidade  imensa  pelo  que  vai  me  acontecer, pelas  pessoas  que  vou conhecer, por tudo que vou dizer e fazer e ainda não sei o que será. 

Limite Branco, de Caio Fernando Abreu.
Editora Ediouro, 184 páginas, 2007.

domingo, 4 de setembro de 2011

Não é bom saber que você tem um amigo?

" Para mim, atualmente, companheirismo e lealdade são meio sinônimos de felicidades. Meus amigos são muitos fortes e muitos profundos, são amigos de fé, para quem eu posso telefonar às cinco da manhã e dizer: "Olha, estou querendo me matar, o que eu faço?" Eles me dão liberdade para isso. Não tenho relações rápidas, quer dizer, tenho porque todo mundo tem, mas procuro sempre aprofundar. E isso é felicidade, você pode contar om os outros, se sentir cuidado, protegido. Dei esse exemplo meio barra pesada de me matar... esquece, posso ligar para ver o nascer do sol no Ibirapuera às cinco da manhã. Já fiz isso, inclusive."
(Caio Fernando Abreu)
Para quê serve os amigos?
Pra quando eu enlouquecer, eles não me deixarem na mão.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Setembro chegou, enfim.

"[...] que setembro seja melhor e supere todas as angústias, medos, inseguranças e azar de um agosto fodido."
(Caio Fernando Abreu)


Colorindo meu Setembro tem: Zeca Baleiro - Telegrama


Não dormi. Sentei ao lado da janela do meu quarto e vi o sol nascer: era setembro chegando. Enfim, toda a amargura de agosto está ficando pra trás, e Setembro traz consigo a esperança de tempos alegres. Tive fé e paciência para cruzar os dias de agosto, não os deixei me esmagar e ainda que fatos ruins acontecessem, eu não desisti. Agosto é de fato um mês de cachorro louco, mas Setembro chegou trazendo um céu tão azul, que parece pintado. Eu atravessei agosto focando no ponto mais importante: ir, sobretudo, em frente.  Eu estou indo, te encontro lá?

Setembro traz consigo as cores da felicidade.