sábado, 18 de fevereiro de 2012

Sobre músculos e inteligência.

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Porque beleza não é tudo. Eu já sabia disso, claro. Mas, tive a comprovação no dia que Babi me chamou pra ir à balada. Detesto lugares fechados, é muita gente pra pouco espaço quadrado. Mas, ou era ir dançar em cima de um salto 15 ou é ficar em casa tentando escrever uma matéria sobre “Gravatas: como combinar?”. Depois me arrependi, obviamente!
Não gosto de baladas por um simples motivo: muito cara sem noção e meninas de 20 anos achando que a vida se resume a sexo. Detesto aqueles carinhas idiotas que passam por você e fazem: “Huuuum, delícia, qual o nome da princesa?” Nossa, isso ultrapassa todos os limites do meu ódio, e quando vem acompanhado de uma cantada ridícula? “Huuum, gatinha. A noite é uma criança! Vem cá e deixa eu ser o seu brinquedo.” Fico na dúvida entre vomitar, sair correndo ou me fingir de surda.  Sério, eu abomino esse tipo de atitude. Odeio cantada e tentar me pagar uma bebida não cola. O que com certeza me conquista são palavras. Palavras bonitas, devo lembrar!
Estou escrevendo isso pra entender, por que sou tão viciada em palavras? Tudo bem, você pode não achar normal preferir ficar lendo na biblioteca da escola enquanto suas amigas brincam de casinha. E também achar estranho ter como primeira paixão-ultra-secreta Kurt Cobain, apesar de ele ter morrido quando eu ainda era criança. Entenda, eu tenho uma profunda curiosidade por quem escreve o que pensa. É atraente quem sabe escrever.
Sei que concorda comigo, garotos que sabem escrever ou conhecem aquele seu poema preferido tem um charme diferente. Se eles tratam com carinho as palavras, imagine o carinho que ele te dará? É indescritível a sensação quando um garoto lhe escreve e você pensa: “Deus, existe alguém que pensa exatamente como eu.” E você não se sente mais tão bizarra. Ah... Moço que sabe escrever venha me conquistar que sou toda sua.
É uma pena que o sexo masculino não enxerga isso não é? Em geral, os homens ainda acham que ter um corpo bonito, ser gostosa e ser apresentável aos amigos é tudo. MAS NÃO É! Inteligência é afrodisíaco! Dominar as palavras é um charme.
No dia que eu encontrar alguém que se sensibilize com o que eu escrevo, mais do que com minha bunda, eu me caso. Desde que a proposta seja feita em forma de poema e que ele aceite passar os domingos escutando a discografia do Nirvana. Ah, e não quero musculoso ok? Não que eu seja preconceituosa, mas tenho pra mim que quando mais músculo o carinha tiver menos inteligente ele é.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Pra seguir em frente!


Um tempo de nós acabou.
Uma fase menor precisa crescer. 
E amores grandiosos demais precisam de um mínimo de maturidade pra sobreviver. 
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No meio da Avenida Paulista nos encontramos. Ele pegou de leve na minha mão e me cumprimentou. Como amiga. Estranho não é? Você dorme com uma pessoa e depois de alguns anos você imagina ela dormindo com outra. Falei da minha vida, ele falou da dele. Está de casamento marcado, com ela. Aquela que ele me trocou. Claro que eu não tenho remorso nenhum, tudo aconteceu como deveria ser. Ele estranhou eu estar solteira e até sentiu uma pontada de culpa. Não quero parecer egoísta, mas eu gostei. Não, eu não sou vingativa. Mas tenta entender, ele está se casando com ela, a garota popular do ensino médio. E eu, estou com quase 30 anos, voltando da Europa solteira. Não entendeu? SOL-TEI-RA. Quem aos quase 30 não tem ninguém?
Não que eu não tenha encontrado ninguém durante todos esses anos que eu me separei dele. Encontrei, obviamente. Foram tantos: Loiros, morenos, altos, baixos. Só que nenhum deles me satisfez como o primeiro. Tudo bem, eu só tinha 17 anos, mas não dá pra esquecer o carinha que você teve a primeira vez. Foi no banco de trás de um carro, eu sei, mas ficamos juntos até eu inventar de ir estudar 6 meses em Londres. Eu pensei que ele entenderia, seriam somente 6 meses fazendo um curso de inglês. Não me arrependo de ter ido, foi o melhor que eu fiz: lutar pelos meus sonhos. Só que esperei mais dele. Ou talvez esperei que ele me esperasse. Eu sei que você está pensando: “Quem espera por alguém que está do outro lado do oceano, por 6 meses?” Eu, pelo menos, esperaria. Na verdade, eu até esperei, levando em conta que voltei achando que ainda seria dele. Pelo visto, só foi eu entrar no avião que ele logo encontrou uma companhia. E que companhia hein, se contar que vão se casar logo, né?. Ele me jurou que só ficou com ela depois que terminou comigo. Mas não sei se foi quando ele terminou comigo por e-mail ou por telefone. Ou foi quando eu voltei achando que seria dele, mas fui recebida com uma oficialização do nosso término?
Talvez eu esteja com ciúmes. Mas é pouco. Talvez seja porque ele seguiu em frente, e eu malditamente não consigo tirar da cabeça tudo que passamos juntos. O sexo no banco de trás do carro, a despedida no aeroporto, as flores no aniversário de 18 anos, a comemoração de quando passamos no vestibular: ele pra engenharia, eu pra medicina. E tudo mais que pensamos que seria pra sempre.
E na verdade eu nem queria que fosse pra sempre. Eu queria que fosse. Por um pouco mais de tempo, mas que fosse, e fosse sincero. Tudo bem ele falar que foi sincero, mas no fundo eu não acredito.
Eu tinha medo de reencontrá-lo e descobrir que ele ficava bem sem mim. E ele fica, oras! Senão estaria de casamento marcado?
Dois beijinhos no rosto. Troca de e-mail. Pensei até que ele fosse me convidar pra ir ao seu casamento. Não seria nada mal não é? Estou louca pra ir à uma festa mesmo, há tempos não tomo uns drinks e brinco de ser gostosa. Ok, ok, seria horrível sim, porque eu choraria durante a cerimônia e ficaria morrendo de inveja da noiva. Porque eu deveria estar vestida de noiva, tentando construir uma família, e não ser uma solteirona de 30 anos que chega em casa e toma um bom vinho na companhia de John Lennon, tentando tapar os buracos que ele deixou.
              Era pra eu seguir em frente. E segui, virei à esquina e corri, pois tinha aula de pilates às 17h. 

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Só amor não basta!

" (...) de qualquer forma, não esqueça das seguintes verdades:
Não faça nada que não te deixe em paz consigo mesma,
Cuidado com o que anda desabafando;
Conte até três (tá certo, se precisar, conte mais).
Antes só do que muito acompanhado.
Esperar não significa inércia, muito menos desinteresse.
Renunciar não quer dizer que não ame.
Abrir mão não quer dizer que não queira.
O tempo ensina, mas não cura."




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 ,

A gente não dava certo e eu fui embora mesmo.
Não me crucifique. Guarde sua opinião, não quero saber dela.
Eu fui porque tive medo de não conseguir escapar da dolorosa realidade de ter outro relacionamento fracassado.
Sou a "queen of failer relationships".
Querido, não é falta de amor.
Amor tem, sempre teve.
O problema é que só o amor já não é mais suficiente pra mim.


Para ler ao som de: Kate Voegele - Angel.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Ele era um anjo, e anjos não pertencem à Terra.

(...) tem horas que eu me perco sem você aqui, aí eu me lembro:
"Tá tão longe de mim."
 E aí meu coração grita: 
"Mas tá aqui dentro"

|Caio Fernando Abreu|


(...) mas acho que agora já devo saber o suficiente sobre as perdas
para perceber que nunca deixamos de sentir a falta das pessoas...
apenas aprendemos a conviver com o enorme buraco deixado pela ausência daqueles que perdemos.


Editora Intrínseca, 295 páginas, 200