segunda-feira, 19 de julho de 2010

Mulheres! Escrevais com vigor.

Desde que comecei a escrever, de verdade, de alma, de coração, de espírito, prometi que em meus escritos preconceito literário nunca seria um tema abordado, mas depois de muito pensar, percebi que eu estava a contribuir para tamanha hipocrisia. E o tema hoje é: “Preconceito: mulher na escrita.”

Está bem, vocês devem estar pensando que eu estou louca, e que mulher não sofre preconceito por escrever. Engano! Sofrem sim. Não é um preconceito como o racismo, homofobia e afins, é um preconceito por escrevemos com fragilidade.

Sim, concordo, mulheres escrevem com muito mais coração, do que os homens, mas isso jamais significou que não escrevemos com garra, força e determinação. Não significa que não podemos falar de guerra, de sexo, ou futebol. Podemos tudo, e nunca irem admitir qualquer tipo de preconceito por eu escrever. Não, eu escrevo romance, falo de sexo, e de gravidez, escrevo contos e poemas, mas posso escrever também sobre a Guerra no Iraque. Por favor, vocês homens, que não querem ler meus escritos não leiam, mas não me julgue pelo que eu escrevo. Não me interessa escrever como homem, me interessa escrever com o coração.

EU QUERO ESCREVER COM VIGOR DE UMA MULHER. Ainda que com fragilidade, ainda com muito amor. Eu escrevo como mulher, e não preciso de ajuda de homem algum.

Hoje eu quero homenagear duas grandes pessoas: Andreza Pires, amiga do IFBa, que fez o novo layout do blog, que ficou minha cara. E Evelyn Ceinwyn, de Brasília. Somos três mulheres que escrevemos com o vigor, com a fragilidade, com o amor.

Andreza Pires, 16 invernos frios e verões quentes completos. Uma menina, que escreve como mulher. Seus poemas nascem em qualquer situação, aula de sociologia, ou diante de uma platéia, que declamando uma de suas poesias percebe que a esquece, e maravilhosamente cria outra, e continua a declamar, e o mais bonito disso: ninguém percebeu, todos a aplaudiram. Aquela que venera a Clarice Lispector, e que ao ler se encanta com suas palavras, e que toma aquilo para si. Aprendeu muito, e aprendi. É a poetisa. Obrigada pelo layout, você é esplêndida.

Um dia, andando pela vida, tropecei em ti, da queda do tropeço que tive em ti, tu tropeçaste também em mim, de tropeço em tropeço, de queda em queda, rolamos pela vida, até estarmos cansados e exaustos atirados ao chão. (Andreza Pires)

Evelyn Ceinwyn, de Brasília. Não nos conhecemos, mas algo nos uniu. E não podia ser outra coisa senão as palavras. Seu primeiro comentário foi o que me fez continuar com esse blog, e uma pessoa que não conheço, que nem sabia de sua existência perdeu seu tempo para ver o que escrevo, é isso que surpreendi nas letras: ela uni as pessoas. Obrigada, porque mesmo que você não tenha comentado em blog nos últimos tempos, eu sei você passa por aqui, e seu desejo de comentar é grande, é uma pena que o template de meu blog não tenha deixado, mas não se preocupe, Andreza cuidou disso, e que venham seus comentários, ele me dá forças. Já te disse que eu quero escrever como você quando eu escrever?

Sou a folha de outono que rega o canteiro dos carvalhos num dia alaranjado de outono, eu sou todas as estações ao mesmo tempo... mais o tempo passa e eu sempre soube que há perdão para entender os erros. (Evelyn Ceinwyn)

E as pessoas que não falei ainda, aguardem. Assim como Evy e Deza, todas que passam por aqui serão lembradas, e algum momento terá sua homenagem aqui. Que outonos e primaveras sejam marcados por vocês. Obrigada Evy, obrigada Deza.

Blog de Evelyn Ceinwyn: http://folhasdemeuoutono.blogspot.com/

Blog de Andreza Pires: http://espelhosdefuga.blogspot.com/

5 comentários:

  1. AIN!!!!!!!!!!!!
    Laís amei fazer seu layout e principalmente amei sua homenagem.
    Obrigada.
    Espero um dia poder retribuir de alguma forma, e quando estivermos mais a frente no tempo, espero trocarmos livros autografados por nós. ^^
    bj

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  2. Laís, Te agradeço verdadeiramente do fundo de todo meu pequeno coração, que mesmo assim possui sempre um lugar bonito onde tuas palavras eu deixo florescer, como lindas flores de primavera. De verdade te peço OBRIGADA.
    Nós mulheres somos em muito discriminadas, porém penso que um pássaro não pode ser impedido de voar só porque possui asas e sabe qual horizonte belo explorar. E NUNCA, nunca mesma deixe que te impeçam de voar com tuas frágeis asas que crio em mim quando tuas frases me ponho a ler.
    Espero um dia poder retribuir este carinho que tens para comigo, deixo-te meus singelos versos que fiz agorinha para ti, são versinhos pobre, embora sejam de muito gozo de meu coração.


    '' Tens em tuas mãos o relógio do mundo
    Dás as cordas e faz parar quando assim tu desejas. U
    Um instante torna-se a eternidade, e a eternidade um mero minuto que passou despercebido e já nem é.
    Ès humana e o que a difere dos demais és que tuas asas alçam vôos grandes e emr lugares bonitos, sabes tocar os nossos corações com amor''

    De Evy para Laís.

    Beijinhos

    (Já tirei os dias de atraso dos textos ' ser de cancer' e 'always' que tnt eu quis comentar, olhes lá depois.)

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  3. Apoio totalmente, nada de preconceito literário.
    Belo post Laai. :*

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  4. Adorei, sabe que adoro textos que "nos colocam pra cima"
    Você descreveu bem, os pontos negativos que sofremos, e arrasou quando disse que nós mulheres escrevemos com mais emoções. Felizmente, é a mais pura verdade.

    Obrigada, por defender nós mulheres que escrevemos!

    Achei teu blog no comentário do de Evelyn, adoro sempre tá por lá, como ela, você escreve perfeitamente bem.

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  5. ''If you lose faith in you, I'll give you strength to pull through''

    Eu agradesço tua força, estás sendo única.
    Pegue com amor para ti também esta frase, e a amizade vai crescendo com a inoscência de coraçãos sinceros.

    Obrigada por tudo.

    Um grande beijo.

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Pior do que uma mulher que fala o que pensa é uma mulher que escreve. (Tati Bernardi)