domingo, 20 de fevereiro de 2011

Parte IV - Na saída

Já havia se passado uma semana quando Maysa acordou. Olhou ao redor sem entender nada, respirou um ar terrivelmente familiar e percebeu que não estava com suas vestimentas. Passando mais uma vez os olhos ao redor daquele cômodo, notara que estava em um familiar quarto de hospital.

-Ai... – Maysa grita quando tenta se mexer, afim de levantar da cama e ir embora. Sente dores no braço esquerdo e percebe como todo seu ombro até o antebraço está engessado e ela mal consegue mexer. Procura por sua mente uma maneira de lembrar o que havia acontecido com ela, mas parece que tudo foi apagado.

- Bom dia Srta. Cavazotto. – Uma mulher de branco se aproxima da cama, olha os aparelhos e examina Maysa. – Percebo que está muito melhor, se continuar assim poderá...

- O que aconteceu comigo? – Maysa interrompe afim de uma explicação.

- Você não se lembra? – Maysa indica com a cabeça que não – Você sofreu um acidente de carro há uma semana. Você sobreviveu por muita sorte, quebrou o braço e o máximo que vai precisar é de uma fisioterapia.

- Ok, posso ir embora quando? Eu odeio hospitais.

- Se progredir bem essa semana pode sair, mas terá que voltar todas as tardes a fim de fazer uma fisioterapia e recuperar o movimento do braço o mais rápido possível.

A enfermeira foi embora, deixando Maysa na solidão clara do seu quarto.

(...)

Dias se passaram e Maysa detestava mais aquele ambiente. Odiava hospitais. Era um local onde a tristeza predominava, as pessoas nunca riam, ou nunca falavam em felicidade.

No dia de sua alta, uma emoção passou pelo seu semblante, ver o sol e sair daquele lugar frio era tudo que estava a desejar. Só queria voltar pra sua casa, tomar um banho frio e ler um dos livros que sua mãe escreveu.

Seu pai não estava te esperando pra ir embora, muito provavelmente por causa do trabalho, ela teria que se arriscar a pegar um táxi.

Na saída do hospital não tinha ponto de táxi e quando avistou um homem saindo de um, saiu correndo pedindo para segurar o táxi. Quando estava pra entrar no carro e ir para sua casa, viu que quem estava a sair do veículo não era um homem tão velho assim. Estava pálido e tinha que andar em cadeiras de rodas. Tinha os olhos tristes e a boca estava muito seca. Teve ajuda de uma enfermeira para sentar na cadeira de rodas, tinha consigo soro e estava com Ipod e um livro no colo. Maysa estava segurando a porta do carro e quando ele levantou o olhar pra ver quem era que estava ali, deu um sorriso bobo, meia boca. Tímida, Maysa não tinha nem uma reação. Ficou mais vermelha ainda, depois que seus olhos se encontraram com os deles, e ficaram parados no meio do trânsito do Rio de Janeiro, sem se mover. E sem notar Maysa já estava dentro do táxi. E ela nem olhou pra trás.

(...)

Um final de semana em casa e mais uma longa semana no hospital. A vida de Pedro era essa desde que descobriu que tinha câncer.

Continua...

6 comentários:

  1. Olá Laís. Olha, adorei conhecer teu blog, é um mimo. Com cores muito suaves só demonstra a fofura que é.

    Como estou um pouco apressadinha li somente as duas primeiras partes do teu conto. Mas, olha, estou adorando e logo menos venho aqui ler o que vier por aí, está bem?

    Mas saibas que amei a "cara" do blog.

    Estou seguindo, querida.

    Beijos, com amor,
    Cynthia *

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  2. linda, tem um presentinho pra vc no meu blog ;*

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  3. Nossa as vezes paramos no tempo e nem vemos que ele nao nos espera.
    Lais tbm estou adorando tudo.

    Tenha um ótimo domingo.
    Bjs & abraços!

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  4. Xaráaa!
    Liindo esse texto.. cadee o resto??

    ahhh Maysaa! rs

    Sei q to sumida por aqui..mas sempre que posso, apareço!

    Vim lhe dizer que tem selinho pra vc lá no blog..
    Espero que goste.. ^^
    Caso nao queira.. peço q me avise, por favor =)

    Beeijao e bom domingo ;**

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  5. Está cada vez melhor a sua história! E a música é linda...

    Beijos e bom domingo.

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  6. estou ansiosa para ler o final... li a historia toda e meu coração ficou apertado.

    ps. gostei da musica =)
    beijos

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Pior do que uma mulher que fala o que pensa é uma mulher que escreve. (Tati Bernardi)