sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Parte II – A (ir)racionalidade da perda

19 anos. Estudante de pedagogia. Saudável. Bonita. Inteligente. Rica. Maysa é a garota dos sonhos, de maneira simples causa inveja em todas as suas amigas, que admiram suas feições são delicadas e perfeitas. Pode ter tudo que deseja, todos os “amigos”, usar as melhores grifes, conhecer todos os lugares e transar com todos os rapazes. Mas, ela nunca mais se sentiu completa depois do que aconteceu. Ela se definia como 50%, metade. Seu maior desejo era sentir seu coração ferver de novo, mas, ela era tipicamente uma tábua rasa, que precisava ser preenchida com amor, carinho e calor.

Depois que sua mãe morreu de câncer, há cinco anos, sua vida se tornou uma tela árida cinzenta. Seu pai mal ficava em casa, sempre usava a desculpa do trabalho, não saia com amigos, não arrumava uma namorada, sua vida estava totalmente sem sentido. Maysa até desconfia se durante todo esse tempo ele teve alguma relação intima, mesmo que rápida. Ela sabia que seu velho estava sofrendo, porque sofria também.

Sem amigos, Maysa se sentia sozinha, definia as suas companhias como pessoas. Ela possuía pessoas e não amigos. Sua casa quase sempre ficava vazia, os sons que ouvia era da solidão e da saudade, que constantemente conversa com ela. Ela tinha certeza que sua vida não podia piorar, nem a morte seria tão ruim quanto o que ela está passando. Ela se enganou quanto à situação de sua vida, as condições iriam se tornar cada vez piores. Tudo havia de mudar na vida de Maysa.

Tumblr_le5i4foeji1qdhy5do1_500_large

Sem perceber, a noite cai como luva, uma leva garoa começa a surgir, molhando a vidraça da sua janela. Passou o dia na mesma posição que acordou, sentada olhando o outono passar. Não conseguir saber se estava respirando regularmente, se seu coração estava batendo, só queria mudar toda aquela situação.
continua...

9 comentários:

  1. Tradução da frase: Alguém disse uma vez que a morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos.
    --
    A música é linda, se puderem veja a tradução, um trechinho para vocês:
    "Sua hora já chegou e eu não sei por que, a última coisa que eu ouvi você estava muito bem, parece que foi ontem eu estava rindo com você jogando joguinhos na casa da vovó. Bem, você me ensinou bem, não? Tomara que eu seja como você..."
    --
    Gente, eu espero de todo coração que vocês estejam gostando do meu drama, as coisas na vida de Maysa vão mudar muito.
    Beijos.

    ResponderExcluir
  2. Com certeza será um belo conto...
    Aguardo...
    Bjs
    Mila

    ResponderExcluir
  3. Tá lindo, flor =)

    Beijo doce e um final de semana de luz

    ResponderExcluir
  4. ansiosidade passou aqui e fez morada!

    novo poema amora!

    ^^

    ResponderExcluir
  5. Obrigada pela visita... Ficarei por aqui! Voltarei para ler a parte I... você tem talento!

    ResponderExcluir
  6. Miinha linda'
    Amo seus post's
    super-demaiis.

    [aaa] Vai aqui: http://meninaapenas.blogspot.com/2011/02/meme-literario.html
    tem selinho'

    beijos meus'

    ResponderExcluir
  7. Tem tudo para ser uma belíssima historia, e super emocionante.
    Também nao sei se saberia lidar com essa dor, é fácil dizer, chega a ser um clichê, que a vida continua, que temos que saber prosseguir. Mas como dizia Paulo Coelho: 'cada um sabe da sua dor e renuncia.'

    Flor, tenha um lindo fim de semana!
    Bjs & abraços!

    ResponderExcluir
  8. Oie Laís, comecei a ler hoje sua história, e pretendo ler até o final. Você escreve muito bem ^.^
    O começo da sua história lembra muito da minha, que estou postando no meu blog. Não me expresso bem como você nas palavras, mas estou chegando lá.
    Eu tinha ela escrita no pc, e estou passando para o blog hoje, quando puder dar uma lidinha... Deixe sua crítica :D

    Beijo

    ResponderExcluir

Pior do que uma mulher que fala o que pensa é uma mulher que escreve. (Tati Bernardi)